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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

JOSÉ DONIZETE GONÇALVES
( BRASIL  -  MINAS GERAIS )


Jovem como Brasília, nasceu em Coromandel – MG, AOS 22 -04-1960.  De origem humilde como seus pais, Ângelo e Luzia, viveu e estudouem seu Estado, conhecendo várias cidades, antes de vir para a capital federal, no ano em que completaria 18 anos. Aqui percorreu um longo caminho até formar-se em Letras, no CEUB.
Duas paixões batem forte em seu coração: a poesia e a prática de idiomas. Professor de Inglês e Português na Fundação Educacional do Distrito Federal e rede particular, foi com pesar que abandonou
o Magistério para dedicar-se à carreira de Oficial de Chancelaria do Ministério das Relações Exteriores, onde trabalha desde 1994.
Foi premiado em concurso da Academia Taguatinguense de Letras e estava publicando dois livros m 1996: “Nas Asas da Liberdade” e “Sonetos para sonhar e amar”. Com prazer participa desta antologia
poética em homenagem a Brasília.

 

MOUSINHO, Ronaldo Alves.  Vida em Poesia; 36 anos PoetasEscolhidos.  Brasília:  Valci Gráfica e Ed., 1996.  173 p.  N. 01 175 Exemplar da Biblioteca de Antonio Miranda, doação do amigo (livreiro) Brito (em Brasília) em outubro de 2024.

 

BRASÍLIA

Quando nasci, tu me olhaste
Ainda de chupeta na boca
E teu sorriso gêmeo iluminou-me
O rosto e o destino
De Caminhoneiro errante.
Acabei atravessando o São Marcos         
Para vir ficar a teu lado.
Quando, porém aqui cheguei
Completavas dezoito anos,
E não tinhas mais chupeta.
Agora tu és uma loba
Com dois filhos famintos,
Disputando quem abocanha mais.
A ti, ó Loba Sagrada do Cerrado!
Acorrem todas as gentes da nação;
A ti, ó Loba Sagrada do Cerrado!
Acorrem todas as gentes da nação;
A ti, que és Nação de todas as gentes!
Tu que falas todas as línguas
E tens coração de Mãe
Para acolher a todos os teus filhos:
Os bons, os santos, os venturosos
Os trabalhadores, os preguiçosos,
Os ladrões, os assassinos,
Os usurpadores da lei, os mentirosos, 
Os homens sérios e os palhaços,
Os famintos e oprimidos,
Os desempregados e exploradores
Sem qualificação profissional,
Porque lhes foi roubado o direito à cidadania,
Em nome da democracia dos dominadores
Que até dominam as dores     
Dos esperançosos excluídos.       
Brasília, tu és a Mãe de muitos.
Também eu me refugio em teus regaço.
Em teu seio há brasileiros estrangeiros.
E estrangeiros bem mais brasileiros.           
Hoje, com cânticos de júbilo,          
Venho abraçar-te com ternura
E com todo amor que te tenho no peito,
Não sou mais órfão nem abandonado,              
Pois mais que todos os homens      
Tu me fizeste conhecer a cidadania,          
Caminhando comigo lado a lado.  
Brasília, tu és a Mãe de muitos.
Também eu me refugio em teus regaço.
Em teu seio há brasileiros estrangeiros.


E estrangeiros bem mais brasileiros.           
Hoje, com cânticos de júbilo,
Venho abraçar-te com ternura
E com todo amor que te tenho no peito,
Não sou mais órfão nem abandonado,             
Pois mais que todos os homens      
Tu me fizeste conhecer a cidadania,          
Caminhando comigo lado a lado.           
Hoje, com cânticos de júbilo,          
Venho abraçar-te com ternura    
E com todo amor que te tenho no peito,
Não sou mais órfão nem abandonado,
Pois mais que todos os homens      
Tu me fizeste conhecer a cidadania
Caminhando comigo lado a lado.


Foto: https://caixacolonial.club/blog/buriti-um-tesouro-do-cerrado-brasileiro-3839/

 

      O buritizeiro (Mauritia flexuosa) é uma palmeira que ocorre
principalmente no Cerrado, mas também pode ser encontrada     
nos biomas Caatinga, Pantanal e Amazônia.

     

 

           SINA DO BURITI


O buriti ferido por machado,
Na cirurgia plástica mantida,
Teve seu velho tronco restaurado
Pela tecnologia mais haurida.

A notícia correu, que o magistrado
Manteve o criminoso recolhido
Pra devolver ao buriti quebrado
A dignidade tão comprometida.

Diante da exibida eficiência,
Os hospitais puseram-se a bradar
Em favor dos doentes, sem clemência,

A morrer pelas filas do abandono,
Perdendo inúmeras noites de sono,
Buscando uma consulta pra marcar.




PRAÇAS E SILHUETAS
“Auri sacra fames” (*)
(Virgílio)


No dia em que Brasília inaugurou,  Buscava o povo, em seus ancestrais,Os traços mais notáveis que encontrouPara representá-la ante as demais.
“Não é coisa difícil, pois eu dou,A fim de jubilar seus ideais...”,Disse a Roma de Homero, que encantouCom a dádiva de valores reais.
Quanta surpresa na homenagem vindaDo Velho Continente: A renascençaDe um símbolo que expõe o que condensa!
Dois ilustres famintos, que hoje ainda,Ajoelhados sob a Velha Loba,Vão disputando o leite-do-oba-oba!

(*) Fome maldita de ouro
.

 

*
VEJA e LEIA  outros poetas de MINAS GERAIS em nosso Portal:
http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/minas_gerais/minas_gerais.html

Página publicada em janeiro de 2025               

 

 

 
 
 
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